Sabe gente, eu não sou São Tomé. Se eu acredito em você, acreditarei no que você diz.
Ta bom, vez ou outra posso ficar com o pé atrás, mas de um modo geral, acredito.
Baseado nisso, sempre achei um absurdo as aulas de laboratório de Fisiologia.
Para quem não sabe, Fisiologia é o ramo da biologia que estuda as múltiplas funções mecânicas, físicas e bioquímicas nos seres vivos. De uma forma mais sintética, a fisiologia estuda o funcionamento do organismo (wikipédia).
Estudar os órgão e sistemas é de suma importância para quem se dispõe a tratar de saúde.
É sabido que cada órgão tem sua importância e, ao conjunto de suas funções se deve o perfeito funcionamento do corpo humano.
Da prdução de bili pelo figado para digestão das gorduras, a produção de insulina pelo pâncreas para que a glicose entre na celula.
A ação dos rins na filtragem do sangue e na excreção de toxinas ou a absorção dos nutrientes pelo intestino, tudo estudado pela Fisiologia.
Em alguns casos, a fisiologia humana tem semelhanças com a animal. E aí é que entra a minha implicância com o laboratório de fisiologia.
Foram algumas aulas, mas, admito, só assisti quando era obrigada.
Em um laboratório o estudado era um rato. Sim, um rato!
Ta bom, uma cobaia de laboratório. Dessa aula, eu lembro muito bem. Foi a primeira, e eu não tive tempo de fugir.
As “cobaias” eram sedadas e presas em decubito dorsal, numa prancha de madeira.
O abdomem era aberto pelo professor (claro, nós mataríamos a cobaia na incisão, antes de estudar) e, um eletrocardiograma artesanal era feito. Um anzól, que estava ligado ao elotrocardiógrafo era preso ao pericárdio, claro, ainda batendo. Analisava-se a frequência cardiaca da cobaia. Num segundo instante depositávamos adrenalina sobre o coração e observávamos a reação. Claro, que a frequência aumentava. Em seguida depositávamos um inibidor da adrenalina e o coração diminuia a frequência.
Éramos grupos de 4 ou 5 alunos debruçados sobre as bancadas. Terminada a exposição do professor, nossas anotações, e dirimidas as possíveis dúvidas, a cobaia era enfim sacrificada com uma dose alta de adrenalina e depois jogada no lixo do canto do laboratório.
Ok, as pesquisas precisam ser feitas, e as cobaias são necessárias, mas pra que essa exposição toda???
É nesse caso que eu me digo crédula. Não é necessário ministrar arsênico a ninguém pra eu acreditar que ele mata. Me diga, que eu acredito.
Na aula que a cobaia era sapo, eu nem na sala entrei.
Honestamente, espero que estas aulas tenham mudado!
[…] Lembram das aulas de Fisiologia? A Dra. Celia lembra. –> Odontostalgia […]
Sou formada a 26 anos e nos tempos acadêmicos discuti com o professor o “porque” de desencadear um choque anafilático num pombo e depois numa cobaia ( rato )!!!! Se os resultados eram conhecidos, porque não passar um filme? Se era absolutamente necessário para minha formação conhecer sinais e sintomas, porque ao vivo e a cores e inúmeras vezes? Uma vez só não seria mais do que suficiente?
Quase fui expulsa e não me formaria! Agora vejo, com meu filho no mesmo curso que nada mudou…..
Exatamente minha cara, me conta que eu acredito.
Obrigada pela visita.