Equipamento de Proteção Individual.
Alguns pacientes já me disseram: Doutora pode ficar sem luva, pra mim tudo bem!
De um modo geral, eles pensam que a proteção é somente para eles.
Não tenho informação de quando se começou usar os EPI, mas os aventais/jalecos devem ter sido os primeiros.
Acredito que inicialmente, os aventais eram usados como protetores das roupas . Evitava-se assim sujidades com efluvios indesejáveis. É uma barreira física. Estes foram incorporados ao dia a dia dos profissionais da saúde, e de certa forma, conferem um ar de glamour a estes profissionais. O cor branca confere um ar de pureza e limpeza, e seu uso virou quase um uniforme para os ligados a saúde. Facilitam a lavagem e possibilitam o uso do hipoclorito de Sodio como desinfetante. Por um período passou-se a usar somente roupas brancas, sem aventais, mas o tempo ensinou, que o ir e vir pra todo canto, e depois fazer os atendimentos, facilita a contaminação. Voltou-se então a recobrir as roupas, e atualmente seu uso é sabidamente indispensável. Como barreira dificulta não só a exposição do paciente aos contaminantes que o profissional trás da rua, como também dificulta o carreamento de microrganismos do consultório para casa. Dificulta, mas não impede.
As luvas, outra barreira física, teve seu uso popularizado a partir dos anos 80. Até então eram usadas somente quando manipulava-se sangue. Com a descoberta da AIDS, e a dúvida se esta era transmitida pela saliva, seu uso passou a ser mais frequente. Como no inicio acreditava-se ser a AIDS uma doença unicamente homossexual, alguns colegas usavam a protecão apenas quando “desconfiavam” do paciente. As estéreis, de custo mais alto, foram substituídas pelas de procedimentos, ambidestras e mais acessíveis, para uso no dia a dia.
As máscaras, que inicialmente eram de tecido lavável, hoje são descartáveis. Estas protegem a boca e o nariz do profissional do spray causado pelo uso da alta rotação, e o paciente das goticulas de saliva que o profissional expele durante a fala.
Os gorros já eram utilizados nos centros cirurgicos, a atualmente são usados também nos ambientes ambulatoriais. Os cabelos são fontes importantes de comtaminação e carreamento de microrganismos.
Os óculos, como EPI, são os mais novos. Inicialmente só eram usados na correção das falhas na visão. Hoje sabe-se que além do spray contaminado, restos de material obturador, por exemplo, causam sérias lesões ao globo ocular, quando este é atingido, visto que os fragmento são pontiagudos e atingem alta velocidade.
Mais recentemente, estudos indicam o uso de protetores auriculares na prevenção dos distúrbios de audição, provocados, pricipalmente, pelo ruído da turbina de alta rotação.
O uso de barreiras fisicas, além da proteção local, tem também como indicação evitar-se o carreamento de virus e bactérias.
Os EPIs abordados tem o perfil de uso cotidiano e em ambiente clínico. Em ambientes cirúrgicos-hospitalares sofrem algumas alterações como a necessidade de luvas estéreis e pro pés, por exemplo.
O controle e manutenção da cadeia asséptica é assunto para Biossegurança.
[…] Tudo sobre EPIs (Equipamentos de Proteção Individual). Fique de olho, dentista! –> Odontostalgia […]